Caros investidores,
Se pudéssemos descrever a Arezzo com uma única frase, seria: “uma ótima empresa com inúmeras opcionalidades de crescimento”. Acompanhamos de perto a Arezzo desde 2015, montamos nossa posição em junho de 2018, e observamos que muita coisa aconteceu até que a empresa chegasse ao estágio atual.
Naquela data, o portifólio de marcas do grupo Arezzo&Co era composto por Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever e Alme, além da operação norte-americana da Schutz que ainda não apresentava escala suficiente para atingir breakeven. Nossa tese estava ancorada em dois pontos:
- consolidação do varejo brasileiro de calçados
- o crescimento da operação norte-americana da Schutz, que apresentava grande potencial, mas com maior risco de execução
Ao mesmo tempo em que trabalhava para destravar potencial nessas frentes, a Arezzo&Co traçava sua estratégia para o longo prazo. Para tanto, a companhia precisava responder a diversos questionamentos:
- como ocupar novos nichos de mercado?
- quais segmentos eram prioritários?
- faria sentido entrar no segmento de vestuário?
- e no segmento de calçados masculinos?
- crescer orgânica ou inorganicamente?
Por mais que as respostas não fossem tão óbvias na época, foi justamente por meio dessa discussão que a Arezzo&Co se transformou no que enxergamos hoje, uma house of brands. Internamente, inclusive, fez com que a empresa se preparasse em termos de equipe, gestão e sistemas para um novo ciclo de crescimento.
“Uma ótima empresa com inúmeras opcionalidades de crescimento.”
A estratégia da companhia, antes orientada para o crescimento orgânico através do desenvolvimento de marcas, abriu uma exceção e permitiu o licenciamento transformacional da marca Vans no Brasil em meados de 2019, expandindo o mercado endereçável da companhia com a adição de calçados masculinos e vestuário em seu portifólio. O ótimo resultado obtido nessa aquisição foi fundamental para acelerar a estratégia de aquisições da companhia, uma vez que a Arezzo&Co realizou, desde junho/19, outros movimentos relevantes de M&As (Reserva, Troc, Baw, My Shoes e Carol Bassi), além de ter lançado duas novas linhas (Brizza e Arezzo Bambini), um marketplace de moda chamado ZZ Mall e a estruturação da linha de vestuário da Schutz, com lançamento previsto para o 1T22.
Ao longo das próximas páginas, vamos explorar o histórico da Arezzo&Co e destacar as perspectivas de suas principais iniciativas de crescimento. Vamos também abordar tanto as variáveis que foram fundamentais para a construção e desenvolvimento das marcas core como as perspectivas para o crescimento da Companhia, levando em consideração o potencial das empresas adquiridas e das novas marcas lançadas organicamente, além de diversas iniciativas ainda em estágio inicial.
Disponível em: NeoNavitas_Carta4Q21.
Boa leitura!