Carta Navitas 4T21 | Uma house of brands rumo à 2154

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Caros investidores,

Se pudéssemos descrever a Arezzo com uma única frase, seria: “uma ótima empresa com inúmeras opcionalidades de crescimento”. Acompanhamos de perto a Arezzo desde 2015, montamos nossa posição em junho de 2018, e observamos que muita coisa aconteceu até que a empresa chegasse ao estágio atual.

Naquela data, o portifólio de marcas do grupo Arezzo&Co era composto por Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever e Alme, além da operação norte-americana da Schutz que ainda não apresentava escala suficiente para atingir breakeven. Nossa tese estava ancorada em dois pontos:

  1. consolidação do varejo brasileiro de calçados
  2. o crescimento da operação norte-americana da Schutz, que apresentava grande potencial, mas com maior risco de execução

Ao mesmo tempo em que trabalhava para destravar potencial nessas frentes, a Arezzo&Co traçava sua estratégia para o longo prazo. Para tanto, a companhia precisava responder a diversos questionamentos:

  1. como ocupar novos nichos de mercado?
  2. quais segmentos eram prioritários?
  3. faria sentido entrar no segmento de vestuário?
  4. e no segmento de calçados masculinos?
  5. crescer orgânica ou inorganicamente?

Por mais que as respostas não fossem tão óbvias na época, foi justamente por meio dessa discussão que a Arezzo&Co se transformou no que enxergamos hoje, uma house of brands. Internamente, inclusive, fez com que a empresa se preparasse em termos de equipe, gestão e sistemas para um novo ciclo de crescimento.

“Uma ótima empresa com inúmeras opcionalidades de crescimento.”

A estratégia da companhia, antes orientada para o crescimento orgânico através do desenvolvimento de marcas, abriu uma exceção e permitiu o licenciamento transformacional da marca Vans no Brasil em meados de 2019, expandindo o mercado endereçável da companhia com a adição de calçados masculinos e vestuário em seu portifólio. O ótimo resultado obtido nessa aquisição foi fundamental para acelerar a estratégia de aquisições da companhia, uma vez que a Arezzo&Co realizou, desde junho/19, outros movimentos relevantes de M&As (Reserva, Troc, Baw, My Shoes e Carol Bassi), além de ter lançado duas novas linhas (Brizza e Arezzo Bambini), um marketplace de moda chamado ZZ Mall e a estruturação da linha de vestuário da Schutz, com lançamento previsto para o 1T22.

Ao longo das próximas páginas, vamos explorar o histórico da Arezzo&Co e destacar as perspectivas de suas principais iniciativas de crescimento. Vamos também abordar tanto as variáveis que foram fundamentais para a construção e desenvolvimento das marcas core como as perspectivas para o crescimento da Companhia, levando em consideração o potencial das empresas adquiridas e das novas marcas lançadas organicamente, além de diversas iniciativas ainda em estágio inicial.

Disponível em: NeoNavitas_Carta4Q21.

 

Boa leitura!