No último dia 10, foi divulgada a inflação ao consumidor americana, com alta de 0,58% no mês (+0,1pp vs mediana de projeções). Pairando no mercado, rumores de aumento dos juros básicos em 0,5pp e que inclusive, uma reunião extraordinária se faria necessária para apertar logo a política monetária e conter a suposta escalada inflacionária. Os juros das notas do Tesouro de dois anos terminaram o pregão com a maior alta diária em mais de vinte anos.
Esse roteiro de surpresa na inflação – reação do mercado – reação do Banco Central é amplamente conhecido e repetido em países emergentes, mas tem se tornado mais comum também no mundo desenvolvido (também neste mês, em menor escala, havia sido encenado pelo Banco Central Europeu).
Até bancos centrais com grande estoque de credibilidade não estão conseguindo manter os planos desenhados para a evolução dos juros por mais de poucos meses (ou semanas), mesmo sabendo que os números de inflação passada são inflados por efeitos-base e fatores provavelmente transitórios ou que não podem ser influenciados por política monetária.
Confira aqui nossa análise sobre o cenário economico atual e como os bancos centrais vem atuando para controlar a inflação.