Prezados(as) amigos(as) e investidores(as),
Os indicadores econômicos globais continuaram, em abril, apontando para um cenário, ao menos no curto prazo, de estagflação. Divulgações de índices de preços nacionais seguem, em sua maioria, surpreendendo para cima, enquanto projeções de crescimento são revisadas para baixo. A persistência de lockdowns em várias regiões da China amplificou os problemas que já vinham se agravando desde o início da guerra na Ucrânia.
Nos mercados, essa conjuntura se traduziu em dólar mais forte contra praticamente todas as demais moedas e liquidação de ativos de risco (com exceção de commodities), com bolsas caindo e juros em alta. O Fed tem a retórica mais agressiva comparado aos outros dois grandes bancos centrais (Europa e Japão), com uma economia em crescimento ainda relativamente robusto permitindo que a política monetária se concentre no combate à inflação.
O Brasil seguiu outros emergentes, com a moeda mais desvalorizada, inflação mais alta e questionamentos sobre a capacidade do banco central de terminar em breve o ciclo de alta de juros (seguimos projetando a taxa Selic a 13,25% no final do ano). Altas mais fortes do que esperávamos em bens industrializados, energia elétrica e alimentos nos levaram a revisar a projeção de IPCA deste ano para perto de 8%.
Acompanhe os relatórios de gestão da Neo para o mês de março de 2022:
Obrigado,
Luciano Sobral, economista-chefe da Neo.